O slogan foi alterado de “É grátis e sempre será” para “É rápido e fácil”, descartando, pela primeira vez em mais de uma década, uma referência ao facto de ser uma plataforma gratuita para o utilizador.
O Facebook mudou silenciosamente o slogan na sua página inicial, recorrendo ao arquivo da Internet Wayback Machine, sabemos que a alteração ocorreu entre os dias 6 e 7 de Agosto. A 7 de Agosto, o slogan foi alterado, removendo a menção de que o site é gratuito e substituindo-o por “É rápido e fácil”. Mas será que o Facebook poderá ser pago?
Acreditamos que não pois o modelo de negócio assenta na obtenção de dados pessoais que os utilizadores cedem nas várias plataformas detidas por Mark Zuckerberg (Messenger, WhatsApp, Instagram, Facebook). Esses dados são, depois usados para direccionar publicidade paga pelas empresas. É aí que o Facebook obtém financiamento, nos anúncios pagos.
Mas depois de uma série de escândalos relacionados com a privacidade e com o valor dos dados pessoais tornou-se claro que a moeda 
de troca, que o pagamento é feito através de informações. E por isso o Facebook pode estar a responder a uma directiva da UE que considera os dados como uma forma de pagamento.
Na sua página, mais precisamente no ponto 2, a rede social esclarece frontalmente o modo como os seus serviços são financiados “Em vez de pagares para utilizar o Facebook e os outros produtos e serviços que oferecemos, ao utilizares os Produtos do Facebook abrangidos por estes Termos, concordas que te podemos apresentar anúncios que os negócios e organizações nos pagam para promover dentro e fora dos Produtos das Empresas do Facebook. Utilizamos os teus dados pessoais, como informações sobre a tua actividade e interesses, para te apresentar anúncios que sejam mais relevantes para ti.”
É óbvio que o Facebook nunca foi uma plataforma gratuita, a informação que cedemos vale muito dinheiro e só agora com o RGPD começamos a tomar noção desse facto. Porém, o Facebook ainda não explicou a mudança.
A crescente popularidade do Instagram e a quebra na notoriedade do Facebook preocupam Mark Zuckerberg, mais ainda porque o Instagram não gera grande receita. Por isso espere ver mais publicidade no Instagram daqui para a frente.
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Filipa Almeida
Co-fundadora e Consultora de Marketing Digital da Dreamweb.
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