Fim da partilha de passwords da Netflix à vista!

De acordo com um estudo realizado pela Magid, 26% dos millennials fornece as credenciais para serviços de streaming de vídeo (Netflix, HBO).

Este acto tão simples e tão disseminado tem um custo estimado de cerca 9,9 biliões de dólares (até 2021). Actualmente é possível descobrir que alguém está a transmitir num local que difere do que está na conta. Esta é uma situação grave demais para continuar a ser ignorada. Existe a possibilidade de os operadores agirem. Por exemplo, alguns utilizadores esporádicos poderão pagar uma taxa adicional por um serviço premium que seja possível partilhar com outros utilizadores.

Os desafios

Mas calma que a repressão não é iminente. É, de facto, um problema, mas o desafio consiste em não prejudicar os clientes pagantes. Obviamente que estão a ser estudadas medidas que possam ajudar a combater este acesso ilícito, mas a sua implementação deve demorar 1 a 2 anos e quando forem adoptadas deverão ser subtis.

O estado actual

Actualmente, a maioria dos serviços de streaming de vídeo tenta atenuar a partilha de senhas através de 2 métodos: limitação do número de dispositivos que podem transmitir vídeo ao mesmo tempo e forçar os utilizadores a inserirem as suas senhas mais frequentemente.

Nenhum desses métodos funciona particularmente bem dado que cerca de 18% das residências com banda larga dos EUA partilhavam senhas. O cerne da questão reside no facto de os fornecedores deste tipo de serviços não quererem piorar o processo de registo, e é por isso que muitos deles adoptaram sistemas como o login único e não impedem que os clientes assistam fora de casa.

As soluções possíveis

Na realidade ninguém quer que os assinantes tenham más experiências, por isso as empresas têm de abordar a situação de uma maneira menos invasiva.

As empresas que lidam com a autenticação de provedores de TV têm apresentado novas maneiras de controlá-las, além de limites mais rígidos em fluxos simultâneos. Uma das estratégias, envolve a busca de padrões de uso para prever a probabilidade de partilha de senhas. Se alguém transmite repetidamente de um local fora de casa, em diferentes momentos do dia e por meio de diferentes aplicações de TV é mais provável que essa pessoa não seja detentora de uma conta.

Existe, ainda a possibilidade de impor limites mais rígidos para o número total de dispositivos que podem estar conectados. As operadoras de TV poderiam fornecer um painel aos clientes que permitisse a desactivação dos dispositivos que excedessem o limite.

Uma outra possibilidade em cima da mesa consiste em recordar aos clientes que os seus logins estão a ser usados noutros dispositivos e aproveitar a oportunidade para vender serviços adicionais. É uma abordagem mais soft e uma oportunidade de gerar receita.

Há que ver o copo meio cheio

Alguns analistas destes serviços de streaming (Netflix, HBO) acreditam que estes serviços ao terem publicidade ficar a ganhar mesmo que todos os telespectadores não sejam pagantes, ou seja, a partilha de senhas traz benefícios promocionais. O facto de muitos provedores de serviços não empenharem meios neste combate consiste numa decisão estratégica.

Mas…. isto não significa que não haja algum tipo de repressão, mas sim que se tem de actuar sem melindrar os clientes legítimos.

Filipa Almeida passwords Fim da partilha de passwords da Netflix à vista! filipa foto

Filipa Almeida

Licenciada em Psicologia pela UC, pós-graduada em Marketing Digital e Micro-Mba em Gestão Empresarial.
Co-fundadora e Consultora de Marketing Digital da Dreamweb.
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Licenciada em Psicologia pela UC, pós-graduada em Marketing Digital e Micro-Mba em Gestão Empresarial. Co-fundadora e Consultora de Marketing Digital da Dreamweb.

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