Sim, a publicidade para crianças vai mesmo sofrer restrições!

Legislação portuguesa é mais permissiva do que as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que proíbe o marketing de alimentos prejudiciais à saúde dirigido a crianças.

Foi hoje noticiado que os refrigerantes, bolachas, bolos e leite com chocolate são alguns dos produtos banidos da publicidade destinada a crianças com menos de 16 anos. A partir de Outubro, as marcas encontrarão algumas restrições na publicidade a produtos prejudiciais à saúde dos mais novos, de acordo com uma tabela publicada hoje em Diário da República. Esta tabela define o perfil nutricional dos alimentos, tendo por base as orientações da OMS e a legislação europeia, identificando os produtos com elevador valor energético, teor de sal, açúcar, ácidos gordos saturados e ácidos gordos “trans”.

E na prática?

Basicamente os anúncios com produtos prejudiciais à saúde não poderão ser emitidos nos intervalos de programas infantis, de programas cuja audiência seja superior a 25% de jovens com menos de 16 anos, também serão banidos os cartazes perto de escolas ou parques infantis.

Nos EUA o movimento iniciou-se mais cedo

Em 2007 algumas grandes empresas incluindo a Hershey’s, Mars e Nestlé interromperam o marketing para crianças (menores de 12 anos). Posteriormente as principais empresas de confeitaria dos EUA comprometeram-se a comercializar os seus produtos com responsabilidade. Este movimento foi altamente elogiado.

As opiniões contrárias não tardaram

Segundo Ricardo Florêncio, Director Editorial Marketeer, “A publicidade passou a ser diabolizada como se fosse responsável pelos grandes males que grassam pelo País”. O Director Editorial da Marketeer considera ainda que o facto de “colocar tantas proibições, entraves e regras não parece beneficiar ninguém, muito menos aqueles que deveriam ser os principais beneficiários destas mesmas medidas, ou seja, os consumidores.”

O que foi cientificamente comprovado

Segundo estudos conduzidos pela Associação Americana de Psicologia, a publicidade na indústria alimentar dirigida às crianças tem sido associada ao aumento da obesidade infantil. Foi identificada uma correlação positiva entre a obesidade nas crianças e o número de horas de televisão visualizadas. Isto é, a exposição a anúncios de TV para produtos não saudáveis é um factor de risco significativo para a obesidade.

Outro estudo revelou as que crianças que assistem a mais de três horas de televisão diariamente têm 50% mais hipóteses de serem obesas do que crianças que assistem a menos de duas horas. Também sabemos que a publicidade de alimentos e bebidas direccionada a crianças influencia suas preferências e dieta.

A nossa missão

Sabendo que as crianças entre as idades de 8 e 12 anos têm as maiores taxas de exposição a anúncios, estão a estabelecer hábitos alimentares, já querem fazer as suas próprias escolhas alimentares e muitas vezes têm mealheiros, a missão das agências de comunicação e das marcas é mudar de paradigma. A este propósito Seth Godin refere que “o nosso trabalho é implementar mudanças, a nossa missão é interagir com os consumidores de forma a deixá-los melhor do que quando os encontrámos”. Não queremos desresponsabilizar os educadores, mas enquanto parte integrante da sociedade a comunicação tem um papel fulcral na mudança de hábitos, quer seja na redução do desperdício, na reutilização, quer seja na promoção de uma dieta mais equilibrada.

Procura maneiras de se conectar com os seus clientes? Fale connosco.

Fontes: Marketeer
APA – Associação Americana de Psicologia

Filipa Almeida crianças Sim, a publicidade para crianças vai mesmo sofrer restrições! filipa foto

Filipa Almeida

Licenciada em Psicologia pela UC, pós-graduada em Marketing Digital e Micro-Mba em Gestão Empresarial.
Co-fundadora e Consultora de Marketing Digital da Dreamweb.
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Licenciada em Psicologia pela UC, pós-graduada em Marketing Digital e Micro-Mba em Gestão Empresarial. Co-fundadora e Consultora de Marketing Digital da Dreamweb.

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