Um novo artigo de economistas da Universidade de Chicago (autoras Marianne Bertrand e Emir Kamenica) tenta inferir dados demográficos a partir de comportamentos do consumidor no que toca a marcas e produtos. Com base em dados de 2016 (recolhidos nos EUA) os investigadores descobriram que “nenhuma marca é tão preditiva de rendimentos altos quanto possuir um iPhone ou iPad”.
Se analisarmos os dados obtidos em 1992 e 2004 verificamos que nenhuma marca é tão preditiva de altos rendimentos como a Apple (69% de probabilidade de prever altos rendimentos). Já um telemóvel com tecnologia Android é preditor em apenas 59.5% dos casos… isto porque a marca Apple tem uma média de preços superior.
Em 2004, a manteiga Land O ‘Lakes e o molho de soja Kikkoman foram preditivos de famílias de alta renda. Em 1992, a mostarda Grey Poupon era o sinal mais forte de uma família rica. Se analisarmos os produtos, em 2004 o facto de ter comprado um carro novo e em 1992 a compra de uma máquina de lavar-loiça era preditores de rendimentos altos.
Os pesquisadores usaram dados da Mediamark Research Intelligence com uma amostra de 6394 sujeitos. Os dados incluem questionários bianuais, bem como informações como rendimento familiar.
O artigo examina como diferentes grupos – como ricos e pobres, negros e brancos, homens e mulheres – tiveram suas preferências divergentes ao longo do tempo. Os economistas usaram um algoritmo para concluir que as “diferenças culturais” não estão a aumentar ao longo do tempo.
Leia o estudo completo aqui.
Filipa Almeida
Co-fundadora e Consultora de Marketing Digital da Dreamweb.
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